Categoria: Artigos
Data: 18/11/2024

"Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela." Mt 5.27-28

      Com estas palavras, Jesus mais uma vez derruba qualquer esperança de auto-justiça pela obediência da Lei. Assim como no sexto mandamento, podemos olhar para o sétimo mandamento e nos enxergar justos. Eu, por exemplo, já tenho 25 anos de casado e nunca adulterei e chamo a Deus como testemunha do que escrevo aqui. Mas as implicações do que é o pecado são mais profundas. A Lei é espiritual, como já comentamos em outras pastorais. Cristo deixa isso muito claro. Pecado não é o que nós fizemos ontem, fazemos hoje ou faremos amanhã. Pecado é o que nós somos e que nos leva ao ato, nos leva a consumação com a atitude.
      Perceba que o simples ato de não cometer o pecado de forma externa, não nos exime do que se passa em nosso coração. Se você, meu querido leitor, já desejou alguém alheio a sua relação conjugal, você já pecou. Não tente bater no peito em atitude de orgulho (como eu fazia antes) dizendo nunca ter cometido o ato, pois o ato é mero reflexo do que se passa no coração. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. Mt 15.19”. Então, se em seu coração, você já desejou alguém com intento lascivo, você pecou. Se conseguiu resistir e não consumou o ato, você foi liberto de consequências que poderiam ter sido geradas. Mas, o desejo, aquilo que procede do coração, é pecado em si.
      O ato consumado é apenas a “febre” e indica uma infecção espiritual mais profunda. Quando estamos com febre, sabemos que o corpo está nos sinalizando que há algo de errado com nosso organismo. A febre não é a doença em si, mas indica que há uma doença. O ato consumado não está isolado do que levou à sua consumação. O ato é apenas reflexo da podridão que temos guardado em nossos corações. O ato, então, é a “febre” que mostra a infecção de nossa alma.
      Aproveito aqui para derrubar o que se tem dito em relação ao homossexualidade. Muitos tem entendido que o desejo, sem a consumação do ato não é pecado. Isso vai de encontro ao ensino bíblico de que o desejo é, sim, pecaminoso. Todas as imaginações, pensamentos, propósitos e afetos impuros é quebra do sétimo mandamento. Obviamente que, tanto héteros, como homossexuais encontram perdão na redenção que vem de Cristo e lutarão contra o pecado até o fim no poder do Espírito Santo. O imaginar que o desejo sexual fora do matrimônio monogâmico entre macho e fêmea deixa de ser pecado, apenas porque é desejo e não ato, é errado e antibíblico.
      A Lei foi dada para que se cale toda a boca e todo ser humano seja culpado diante de Deus Rm 3.19. Então, ao invés de se orgulhar de não ter cometido o adultério, peça a Deus que o perdoe pelo sacrifício de Cristo pelas vezes que sua mente caída viajou e divagou desonrando Aquele que tudo perscruta. Lembre que em Jesus Cristo há copiosa redenção para os que Nele se abrigam.

Rev Ricardo



Autor: Rev. Ricardo Luiz Pinto   |   Visualizações: 190 pessoas
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