Categoria: Artigos
Data: 15/09/2024

Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Mt 5.22


Irmãos, a Lei de Deus é espiritual. Quando lemos os 10 mandamentos, pensamos de uma forma mais prática nas implicações da Lei. Eu posso me vangloriar de não ter matado ninguém e creio que a enorme maioria que lerá esta pastoral. “Não somos assassinos!” podemos nos orgulhar. “Obedecemos, ao menos, o sexto mandamento!” podemos pensar. Mas, se assim pensamos, pensamos errado e o texto do Sermão do Monte, onde Jesus explica a verdadeira intenção da Lei, nos esclarece isso! Nessa caminhada pelos mandamentos de Deus, espero em Cristo, que já tenha ficado claro que pecado não é o que fizemos ontem, ou o que fazemos hoje, ou que faremos amanhã. Pecados não são apenas atos concretos, mas pecado é o que somos. Não nos tornamos pecadores na primeira vez em que pecamos em nossa vida! Não! Pecamos, porque somos pecadores. É uma questão ontológica, está em nossa natureza que é caída e corrupta e que nos leva ao pecado.
Como podemos ver na explicação de Nosso Senhor, todo assassinato tem uma raiz no coração. Não agimos sem antes termos alimentado esse pecado. Observe a própria realidade, quando vemos notícias que nos informam que houve um assassinato e vem sempre uma história por trás. Há sempre um pano de fundo que teve início em um conflito, um desagrado, uma palavra mal dita, um desacordo. “Do coração do homem procedem os maus pensamentos e a morte… Mt 15.19”
          É bem verdade que existem situações que, por causa do pecado debaixo do sol, nos encontraremos em situações de legítima defesa, situações de guerra lícita, situações de justiça pública com a pena de morte, em que o estabelecimento da Lei exige a morte. Não é disso que o sexto mandamento trata. A Lei trata do pecado que alimentado no coração, e já sendo pecado, aflora para um ato concreto.
        Então, perceba! O sexto mandamento trata da negligência da preservação da vida. Trata da ira pecaminosa, do ódio, da inveja, do desejo de vingança, das paixões desordenadas, da opressão, da contenda. O sexto mandamento, muito além do ato da retirada da vida de outrem ou da nossa vida, vai no cerne, no âmago: temos um coração assassino que carece de transformação pela Graça e Misericórdia de Deus.
Alguns pensarão: “O pastor está pegando pesado!” Deixo a seguir, não as minhas instruções, mas as instruções Daquele que você, leitor, pode dizer crer para que Ele mesmo te mostre: Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: “Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo. Mt 5.21-26”
     A Lei é espiritual e atinge o ser inteiro. Corpo e alma.


Rev Ricardo





















 



Autor: Rev. Ricardo Luiz Pinto   |   Visualizações: 174 pessoas
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